quinta-feira, 5 de julho de 2012

DOMINGO EM L.A.


Estranho começar pelo final? Mas vamos lá, que esse é meu jeitinho...
Meu último dia de viagem foi em Los Angeles, na companhia de mim mesma e num domingo lindo de verão. Não que eu tenha muita autoridade para atuar como guia de uma cidade que eu conheci por não mais que sete dias, mas eu tive um dia bem gostosinho, então acho justo compartilhar.

Antes de tudo, é preciso dizer que L.A. não era meu destino dos sonhos. Tinha um certo preconceito. Para mim, a cidade se resumia a Beverly Hills e Hollywood, e nada disso me despertava muito interesse. Acabei parando lá porque minha irmã estava estudando na UCLA e, resumindo, a família planejou uma viagem para "buscá-la".

olha eu ali!


No último domingo, todo mundo embarcou de volta para o Brasil, menos eu que tinha marcado meu vôo para segunda. Peguei um carro e fui ver o que tinha para fazer. Nos meses de junho e julho, os dias amanhecem nublado, como me explicou uma moradora, e por volta do meio-dia sai aquele sol de rachar.

Minha primeira parada foi o Farmers Market, que eu já tinha visitado, mas era o lugar onde eu sabia que podia encontrar os presentes que ainda faltavam. É um ponto bastante turístico, com uma praça de alimentação com muita variedade, de barracas de frutas e de comida. No mesmo lugar, um centro de compras onde as melhores marcas rodeam uma daquelas fontes dançantes. Como eu disse, bastante turístico, mas agradável, principalmente numa tarde ensolarada.



O segundo destino foi sugestão da Andréia, que morou lá e adora um flea market. A Fairfax Trading Post acontece aos domingos, na esquina entre a Fairfax e a Melrose Avenue, e é um dos melhores mercados de pulgas a que eu já fui (um dia de sol e gente bonita contaram muitos pontos). Por US$ 2 de entrada, você vai encontrar móveis, discos, arte, empanadas maravilhosas, e o que mais me encantou, barracas especializadas em botas usadas separadas por estilo, camisetas de banda vintage, corsets customizados e bijouterias feitas com peças do começo do século XX.










Aproveitando que não tinha ninguém que fosse me convencer a não cortar meu cabelo que já chegava na cintura, e também o fato de estar numa vizinhança adequada, eu saí da feirinha e fui procurar um salão de cabelereiros. Já tinha feito uma busca pelo GPS e sabia que existiam pelo menos dois naquela altura da Melrose, restava saber se estariam abertos em pleno domingo. O primeiro que eu vi aberto cobrava US$ 85 pelo corte, e eu pensei: meio caro para uma mini-loucura. Pelo segundo eu simpatizei na hora, e apesar do atendente mal-humorado, decidi por ele antes mesmo de perguntar o preço.



Por sorte, era muito mais razoável. O Rudy´s é uma barbearia com uma decoração interessante e, como eu fui descobrir só depois de pegar o cartão deles e entrar no site, uma história para lá de simpática e uma promessa que não podia ter mais a ver com o que eu esperava naquele dia. Na página inicial deles, se lê: "Se você levantar de manhã e decidir que precisa de um corte de cabelo, você não tem que esperar três semanas por um horário... Você pode entrar em qualquer Rudy´s em qualquer dia da semana e ter um corte de cabelo incrível". Eles foram fundados em Seattle, em 1993. Nada mais grunge, ahn... Na página deles tem um vídeo bacana que fala disso e os endereços todos (tem em Seattle, Portland, Los angeles e NY).

clima 'Z Carniceria'



Sabe como é, eu acredito em sinais. E lá fui eu me livrar de uns 30 cm de cabelo! A Trista, uma menina mega simpática que nasceu em Orange County, foi responsável pela tosa, e não poderia ter entendido melhor as minhas expectativas. Você sabe que tomou a decisão certa quando pensa por que não fez isso antes, né?!

E assim, eu segui alguns gramas mais leve para a festa de hip hop que eu queria tanto conhecer, The Do-Over, em Hollywood. Para minha decepção, chegando lá  fila era muito grande e eu acabei desistindo. Mas para quem gosta desse tipo de som, tenho certeza que vale a pena. Dava para ver que o negócio tava animado!

A Do-Over é do ladinho da Amoeba Music de LA

Já tava ficando tarde, e eu com fome. Resolvi ir para Westwood, dar uma volta e comer alguma coisa. O bairro fica bem perto da UCLA e eu já tinha ficado meio familiarizada. Tem umas lojinhas interessantes e um clima de cenário de filme, não sei explicar bem por quê. Comi um sanduíche de falafel bem decente e voltei para o hotel com uma ótima impressão da cidade.


Sorte que cheguei em São Paulo em pleno veranico, se não ia ficar com muito mais saudade da viagem!

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