quarta-feira, 25 de abril de 2012

MINHA BRINCADEIRA PREFERIDA


Quando eu comecei a perceber que não dava pra seguir fazendo profissionalmente uma coisa que não me deixava satisfeita (em praticamente nenhum sentido), a reação imediata foi descobrir, afinal, o que me deixaria satisfeita em TODOS os sentidos. Uma das melhores perguntas que eu fiz não foi nem para mim mesma, mas para minha mãe. Eu queria saber o que eu gostava muito de fazer quando criança, porque eu achava que era o melhor jeito de ter certeza sobre o que eu de fato gostaria de fazer, caso nunca tivesse que envolver dinheiro na equação. Aquilo que a gente faz brincando, e quando vê o dia já passou, é hora de tomar banho, botar o pijama, dormir.

A resposta da minha mãe não foi surpreendente. Apesar da minha memória terrível, inclusive sobre a minha própria infância, eu me lembrava claramente de passar horas e horas trocando de roupa. Não era nem como uma brincadeira, era mais como uma rotina mesmo. Eu vestia uns 3 ou 4 looks diferentes por dia, mesmo que não tivesse nenhuma programação especial. Engraçado foi começar a ouvir histórias de pessoas que me conheceram ainda bem pequena. Não que elas nunca tivessem falado, acho que eu que nunca tinha prestado atenção. Todas iguais, de como eu saía e entrava da sala vestindo roupas diferentes, minhas e da minha mãe, ou de quando eu me recusava a sair de casa com a roupa que tinham escolhido para mim.

Até hoje, vestir as minhas roupas é um dos meus passatempos preferidos. Sempre que sobra um tempinho, tem uma quantidade de roupas novas, eu começo e é muito difícil parar. Por isso quase nunca chego ao final da arrumação do guarda-roupa. Entre tantos exercícios de styling, quando eu me dou por satisfeita, já não tenho mais nenhum pique para colocar as coisas em ordem, como tinha planejado no começo. Volta tudo pra dentro do armário, tão desorganizado quanto já estava antes. Mas sobram as ideias novas, então não é de todo um desperdício de tempo.


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