segunda-feira, 24 de setembro de 2012

OS MELHORES BRECHÓS QUE EU CONHECI NA ÚLTIMA IDA À EUROPA!

Tem gente que tem preconceito com roupa usada, mais de uma vez ouvi sobre como não gostam de ter no seu guarda-roupa coisas que foram de outra pessoa, por causa da energia que você não tem como saber se era "boa". Eu acho bobagem, tenho preconceito nenhum, e se tivesse tão preocupada com a energia que cada peça de roupa minha carrega, já teria começado minha plantação de algodão, aprendido a fiar, tecer e costurar. Porque, né?, com tanta mão-de-obra escrava por aí, não é como se eu acreditasse que elas vêm envoltas numa aura azul. Bem que eu gostaria !

Aqui no Brasil a gente usa a palavra brechó quando quer se referir a uma loja que vende roupas usadas. Tanto faz se é roupa usada de marca, roupa usada de época, coisa boa, coisa ruim, barata ou cara. Lá fora eles usam dois termos diferentes, vintage store e thrift store. A primeira é aquele tipo que vende roupas de décadas passadas, com as respectivas características, em bom estado. O segundo tipo é uma loja que vende peças de roupa de segunda mão, das quais os donos abriram mão por algum motivo.

As vintage stores costumam ter um preço mais alto, porque suas peças já foram pré-selecionadas e elas estão ali sendo comercializadas por terem algo especial. As thrift costumam ser baratíssimas, porque quase sempre a loja se dá simplesmente ao trabalho de pendurar as peças que comprou/recebeu.

Eu gosto muito desses dois tipos, mas confesso que acho mais emocionante quando dou de cara com uma boa thrift store, daquelas pelas quais você não dá nada quando olha de primeira, mas se surpreende depois de tomar coragem e começar a fuçar. Geralmente elas são lojas de algum projeto social numa região melhor de cada cidade. Fiz uma lista das vintage e thrift stores mais legais que eu encontrei em cada cidade que passei nessa última viagem. 

1. Londres:
 Não consegui eleger uma, porque a Brick Lane é tomada por lojas desse tipo (na maioria vintage) e se eu pudesse dar uma dica, seria: ande por toda a Brick Lane num domingo! Entre nas que mais chamarem a atenção, entre também nas mais feinhas, e além de tudo, coma na feirinha de comidas internacionais, que fica num bequinho pelo qual você entra por uma porta de tamanho normal, mas que é super grande dentro. Lá dentro tem comidas de todos os lugares para você recuperar a energia gasta na empurração de cabides que é característica dessa modalidade de compras.

2. Paris:
Peguei essa dica no Conexão Paris, que aliás já é por si só uma ótima dica se você vai à Paris. Não tem nome, e olhando de fora parece uma grande porcaria, mas é exatamente o tipo de brechó que eu gosto. OK, é sujinho, amontoado e confuso, mas com um pouco de paciência e um bom anti-alérgico em mãos, dá pra procurar e achar muita coisa legal com precinho ridículo de barato. Fica na Rue de la Verrerie, 61, no Marais, que eu achei o bairro mais legal da capital francesa.



3. Amsterdam:Episode 
A Episode é uma rede de roupas de segunda mão, com filiais em diversas capitais européias. Eu estive em duas, em Amsterdam. A mais legal delas, fica no final da Waterlooplein, uma rua onde é montado um mercado de pulgas, todos os dias, das 10h às 17h. Tem alguma coisa de antiguidade e muita roupa, mas é tudo daquele tipo de coisa bem barata, não peça de antiquário. 
A loja em si, é assim: tem uns vendedores super modernos, descolados que não te dão muita atenção, algumas roupas reformadas por eles, outras tantas produzidas em série (e eu suponho que novas), e muita roupa e acessório usado, de bons materiais, estampas incríveis e preços bem razoáveis.
Dá uma olhada na loja online, que não chega perto da experiência de estar lá ao vivo, mas dá uma ideia do que se trata.


4. Think Twice (T2)
Com endereços em Bruxelas e Antuérpia, a T2 me ganhou não só pela loja em si, mas também pelo conceito. Ela é parte de um projeto de caridade e desenvolvimento social para a África, mas ela não lembra em nada as lojas do Exército da Salvação, por exemplo, que sempre tem aquele ar super careta. Ela recebe doações de diversos tipos e só comercializa as que estiverem em estado muito bom, as outras são reaproveitadas em doações ou reciclagem.
As family stores, identificadas pelo logo verde vendem peças mais comuns e conservadoras, enquanto as vintage (de logo vermelho) têm coisas mais cheias de estilo e são decoradas como um dos brechós caros que nós temos em São Paulo, mas com preços muito melhores.


5. Berlim: Humana
Em plena Alexandreplatz, você consegue ver de longe um prédio enorme com o letreiro da Humana. É uma loja bem grande, bem organizada e com uma variedade enorme de produtos. Dá para encontrar boas barganhas, mas algumas peças têm preços muito parecidos com os que você pagaria numa peça nova em qualquer loja de fast fashion. Mas vale a pena a visita porque tem mesmo uma quantidade enorme de produtos à venda e coisas que você não encontraria em nenhum outro lugar.





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