segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MUZUNGU SISTERS




Li hoje através do Chic que a Tatiana Santo Domingo, uma socialite meio-brasileira / meio-colombiana nascida nos Estados Unidos, mais conhecida por namorar há alguns anos o Andrea Casiraghi, vai abrir a Muzungu Sisters, um e-commerce de peças de roupas e acessórios garimpados em  viagens ao redor do mundo.

A marca é uma parceria com a amiga Dana Alikhani, que divide com ela também o gosto por viajar e a experiência de morar em diversas cidades muito diferentes entre si. Somadas a vivência de Tatiana em direção de arte e jornalismo de moda com o trabalho de desenvolvimento e justiça social de Dana, o resultado foi uma loja virtual que oferece produtos artesanais de pequenas comunidades de lugares como Marrocos, Brasil, Peru e Argentina.

As meninas, que agora têm residência fixa em Londres, vão permitir que consumidoras de todo o mundo tenham acesso a produtos locais e limitados, à distância de um clique. Para promover a estréia da marca, entre hoje e o natal, uma pop-store ficará aberta no Momo Restaurantna capital inglesa. Se você estiver lá nesse período, é uma boa oportunidade de conhecer o conceito da marca e ter contato com os produtos. Eu já coloquei na minha listinha de must see da viagem. Conto por aqui depois qual foi a minha impressão.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

FAVORITOS READY TO WEAR SPRING 2012 - PARTE 1

PARTE 1 = ESTILISTAS [A-D]
Fazendo por partes, em ordem alfabética, porque é tanta informação!
Da parte 1, minhas coleções preferidas são Carolina Herrera, Chloé e Dries van Noten.

Não é um guia de tendências, são só as imagens que eu mais gostei da temporada com uma explicaçãozinha do que eu achei.
Clicando nas fotos dá para ver as imagens em melhor definição.

















quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CONSUMO x CRIATIVIDADE



Quando alguém fala que gosta de moda, a primeira impressão que se tem é que ela é consumista. Eu mesma, devo dizer que tem um bichinho insaciável aqui dentro que sente prazer em adquirir coisas novas, às vezes até mais do que usar coisas novas. Gosto de colocar a culpa na sociedade, mas sendo muito honesta, eu já descobri que consumismo é uma característica pessoal.

Com o passar dos anos, a diminuição das mordomias paternas, o aumento da consciência e das responsabilidades, contudo, a compulsão melhorou muito. Com outras prioridades, a frequência das idas a centros de compras caíram vertiginosamente e foi só assim que eu aprendi a fazer mais com menos.

Nada contra quem pode e gasta com roupa e afins, mas acho que é visível quanto o valor do guarda-roupa de alguém não necessariamente reflete na qualidade da imagem final que ela alcança. Às vezes, aliás, acontece o contrário. Na ânsia de expor tantas cifras em forma de roupa, tem gente que erra a mão feio! Novidade para ninguém, esse tipo de erro é comum.

Em tempos de crise financeira e preocupação com o meio ambiente, aproveite para exercitar a criatividade. Na roupa, em casa, no trabalho... Tirar tudo do armário e organizar as coisas que você já tem é um bom começo, uma ótima oportunidade de colocar os olhos sobre o que você nem lembra que tem, doar o que não faz mais sentido, criando espaço para novas aquisições.

Aproveite a brincadeira e tente criar combinações inusitadas misturando peças, cores, comprimentos e sobreposições que você não tem coragem de arriscar normalmente. Não esqueça dos acessórios, eles fazem muita diferença na estética final e a gente acaba esquecendo deles quando não têm o costume de usá-los. Considere fazer isso num final de semana. Levar um novo look pra trabalhar quando não completamente segura sobre ele não é exatamente a situação ideal, mas teste numa saída despretensiosa de casa, como se estivesse encarnando um novo personagem.

De fato, é isso que pode acontecer. As mudanças no seu visual podem trazer mudanças na sua atitude, da mesma maneira que uma mudança na nossa atitude pode fazer nós mudarmos o visual. Quantas mulheres você conhece que resolveram cortar/tingir/pentear diferente os cabelos diante de uma nova fase da vida?


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

POR QUE 'MONEY RUBBER BAND'?


Talvez o título do blog não tenha sido bem explicado, então vamos explicar.

O look que eu descrevi ali em cima é o que eu chamo de 'look zona de conforto'. Todo mundo tem um.
O meu é calça preta, camisa branca e coquinho preso no elástico, que invariavelmente é aquele de dinheiro, bem podre, que arranca o cabelo de grande parte das mocinhas, mas não o meu.
Prático, bonitinho e seguro, pelo menos na minha opinião.

Sabe quando você tem um compromisso , até pensa em vestir alguma coisa mais especial (muitas vezes até chega a vestir), mas aí, a 2 minutos de sair de casa, quase atrasada, você pensa mais uma vezinha e não, você não vai assim porque não está se sentindo confortável? Já com o tempo esgotado, a salvação da lavoura fica por conta do tal look, que você mais do que rapidamente veste e mesmo só dando meia olhada no espelho, sabe que vai segurar bem e te deixar à vontade seja lá qual for o programa.

Acho que essa combinação diz muito sobre a personalidade de cada um, e por isso eles podem e até deveriam ser bem diferentes entre si. O meu é básico e despojado, ainda que às vezes composto de uma peça mais clássica, sempre tem um toque descontraído nos acessórios.

Mantenho sempre uma calça skinny e uma de alfaiataria mais larga, de caimento impecável e muito confortáveis ao mesmo tempo. As camisas e camisetas tem variações de volume, comprimento, decote, transparência, etc. Seja como for, elas (as calças e os tops) devem estar sempre em ótimo estado e assim vão sendo substituídas ao longo dos anos, afinal o papel delas é me dar segurança principalmente nos dias que eu estou me sentindo mais feia ou mais bagunçada por dentro.

Ah, e o elástico? Se eu não tiver o meu na bolsa, é fácil. Só pedir para o garçom do restaurante, o caixa do bar, a recepcionista... alguém sempre tem. É ele que dá o toque propositalmente desalinhado que é a minha cara, e é por isso que ele foi homenageado nesse blog.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

AS TENDÊNCIAS DE LÁ TRADUZIDAS PARA CÁ

Jil Sander Out 2011

Quem acompanha a indústria da Moda e seus lançamentos adquiriu desde sempre o hábito de ver desfiles internacionais e identificar as tendências principais. Em teoria, as tendências estariam "adiantadas" cerca de 1 ano em relação ao nosso calendário, mas aí acontece o que seria inevitável, ainda mais quando se trata de um mercado novidadeiro como o da moda. Com a velocidade cada vez maior da disseminação da informação e da produção, pode muito bem acontecer de 2 meses depois dos desfiles de Primavera 2012 do hemisfério norte, você ver nossas vitrines de Primavera 2011 já inspiradas nas tendências recentemente lançadas.


Um pouco também se deve ao fato de hoje a moda ser tão democrática e admitir tantas tendências ao mesmo tempo, que algumas peças de coleções passadas acabam se "encaixando" na tendência mais nova. Mas principalmente porque, respeitando o ciclo de vida pelo qual todo produto passa, por mais que a maioria só se atente a elas na fase entre Crescimento e Maturidade, na realidade as tendências só chegam a esse estágio depois de ensaios na passarela e na vida dos early adopters. 


Daí a importância atual e crescente das webcelebrities e blogueiras famosas. Códigos de vestir que poderiam ser mais complicados de aplicar à vida real nos são apresentados por elas com um aval que poderia demorar meses para ser conseguido por pessoas comuns, nas ruas. Não à toa, hoje elas ganham muito dinheiro simplesmente mostrando seus estilos de vida que, ao mesmo tempo estimulam o comércio e dão segurança às suas seguidoras, que se sentem confortáveis ao copiar looks que já vem com carimbo de aprovação.


Assim mesmo, nem todas as tendências de lá "pegam" por aqui. A brasileira tem uma relação muito diferenciada com o corpo, que influencia na maneira como consome e se veste. As tendências acabam por receber tradução, quase sempre tendendo para o sexy. Se por um lado isso nos rende a fama de bonitas, por outro podemos perder a parte lúdica da moda, de mudar formas do corpo com tecidos e modelagem, de brincar com gêneros e transgêneros.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

MODA, INTERNET, BLOG, STREET SYLE...



Moda é minha paixão faz tempo, muito tempo. Diz minha mãe que meu passatempo preferido era passar o dia trocando de roupa e que eu faço as escolhas dos meus looks desde os 3 anos de idade. Uniforme de escola já foi uma questão existencial, o que quer dizer que eu sofri muito nos quase 15 anos que eu fui obrigada a vesti-lo.
Internet entrou na minha vida e eu fui uma das que foi mordida pelo bichinho desde cedo. Lembro do dia em que o técnico foi instalar uma conexão discada em casa, em 1995, e ficou algum tempo explicando como é que aquilo funcionava. Não demorou tanto porque, apesar da tecnologia nova, a oferta de websites era ínfima. Eu lembro basicamente do portal do UOL e seu famoso bate-papo. Não tinha muito mais o que fazer, apesar de possuirmos nossas contas de e-mail. Quem disse que alguém também tinha e que quem tinha usava? Naquela época a gente fofocava era por telefone.

Não faz muitos anos, surgiram os blogs e consequentemente os blogs de moda.  Eu já torci o nariz para blogueira que fica tirando foto da roupa todo dia (ainda acho uma grande parte meio tosca, pra ser sincera), mas depois, pensando bem, acho que foi uma ferramenta importantíssima para a democratização das tendências.
É muito bom ver quantas e quantas variações de uso se pode ter de uma mesma peça, de um mesmo estilo. Acho enriquecedor ter à minha disposição imagens criadas por gente espalhada pelo mundo todo, interpretando tendências que antes eram ditadas pela imprensa especializada.
No Brasil, ainda acho tudo um pouco caretinha e acho chato que vários blogs sejam quase traduções dos internacionais famosos. Hoje mesmo eu “caí” num que colava os posts do WhoWhatWear, na caruda. Acho feio, acho desnecessário. Moda e comportamento são coisas que são bem mais legais quando observadas e discutidas de maneira local. Acho válido um benchmarking, que afinal, segundo a própria definição “é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior”, mas vamos parar por aí. Ctrl+C, Ctrl+V é inaceitável em toda e qualquer indústria.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A MODA x A VIDA REAL



A moda produz imagens de um sonho quase inalcançável, pelo menos para os pobres mortais que estão ocupados vivendo suas vidas off passarela. Não por acaso se utiliza de imagens inusitadas, com modelos de corpos impossíveis e poses praticamente irreproduzíveis, em roupas que não cairiam nada bem em 99,2% da população mundial. 

Não se desespere. Para gente como a gente, os intervalos entre as estações passam tão rápido quanto para os estilistas que estão preparando aquelas coleções maravilhosas, mas ele é ocupado por afazeres outros que provavelmente vão inviabilizar a apreensão de todas as tendências apresentadas nas semanas de moda ao redor do mundo, além de não te prover de todo o dinheiro necessário para adquiri-las. Se você tiver rendimentos suficientes para tal, o mais provável é que não tenha tempo para.

Mesmo assim, pode ser que você sinta desejo ou mesmo obrigação de ‘estar na moda’. Ela é uma indústria, e a prova de que é uma engrenagem movida por profissionais é que alcança seus objetivos através de estratégias muitíssimo bem estudadas. Também não é o caso de se sentir vítima do sistema. Ao contrário, você pode e deve usar o valor dado à aparência pela nossa sociedade a seu favor.

Seja através de talento próprio ou com a ajuda de um profissional, o domínio da sua imagem e do seu estilo, com coerência, comunica as pessoas ao seu redor a confiança que você pode não ter a oportunidade de verbalizar, se utilizando de elementos da moda. 

Mas lembre-se, na vida real o importante é se conhecer bem o suficiente a ponto de saber o que te faz feliz. Saber respeitar sua personalidade, seu corpo, seus gostos, inevitavelmente te renderá sorrisos no rosto, que serão acessórios perfeitos para completar qualquer look que você vestir.